quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Alice - Verano



Ficha técnica:
Lucas Gemelli - Violão base/Voz
Gal - Violão solo/Percussão
Dorme - Baixo
Almeida - Efeitos estranhos
Pires - Guitarra solo/Segunda-voz
Chuva - Chuva


Colocamos na internet hoje!!


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Faca e o Queijo (ralado)



O amor é sorte
Que nem sempre vem a calhar
O amor é forte, é morte, é canção de ninar

O amor é faca que afaga e faz sangrar
O amor engasga
Empaca
Estraga
Deságua

Amor de verdade não é só sorriso
Amar a si mesmo não é covardia
é perdão
ao coração
tão cansado
De ter a faca e o queijo na mão
e depois da explosão
Comer o queijo ralado no chão

Amar é amar
e não dá pra classificar
É amar "amar"
Não amar "alguém"
É só isso
Na verdade
Sabe o que é amor
Aquele que tem



(LG e Nathan Schafer)


sábado, 10 de dezembro de 2011

Alice



Sempre tem
Alguma mágoa a mais pra jorrar
Alguma farpa a mais pra entrar
Alguma frase sem apagar
No livro que a gente escreveu

Alguma coisa ali se perdeu
Anunciou e vendeu no jornal
O anel que ele um dia te deu
Virou moeda, chaveiro e metal

Sempre tem
Alguma conta a mais pra acertar
Alguma roupa pra se buscar
Alguma rosa pra espinhar
Na roseira que a gente escolheu

Alguma coisa Alice perdeu
Anunciou e vendeu no jornal
O anel que ele um dia te deu
Virou moeda, chaveiro e metal

O nosso amor
Ali se perdeu
O nosso amor
Alice

Num instante foi embora
E nem a xicara de chá
Terminou de esquentar
Num instante deu a hora
De sair de cá pra lá
Nem ligou pra avisar

O nosso amor
Ali se perdeu
O nosso amor
Alice perdeu

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Inverno Astral



Fechem as janelas!
Feche a porta!
Te prepara pro inverno.
Traz um copo de conhaque
Pra fazer calor...

Quebre o gelo!
Faz o fogo!
Acende a lareira...
...por favor.

Anda tudo tão frio entre nós...
Tudo tão frio entre nós.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Conselho



Divide o teu tempo
Assim dá tempo pra fazer de tudo
E se tudo um dia falhar
Junta os cacos do chão e constrói um espelho
Pra te ver
Enxergar
Entender
Porquê nós erramos tentando acertar
Ninguém nesse mundo é imune ao medo de errar

E quando o sol
Vier despertar nossa casa
Acorda e vem cá ver

A nossa alegria
Estampada nas caras
Olhando pra você
E sorrindo
Sempre que amanhecer

E se tudo um dia falhar
Olhe pro lado
Estarei sempre lá

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Agridoce



E eu continuo pelas mesmas ruas
De passo apressado
Portanto o mesmo sorriso do mês passado

Evitando incertezas
Continuo pelas mesmas ruas
Portando tristeza

Desviando de carros
Desviando do atraso
Pelas mesmas ruas
Portanto o acaso

Hoje acordei meio estranho
Acordei com um frio na barriga
Talvez eu precise de um banho
Talvez quem precise é a vida

Nem mesmo tomei um café
Nem mesmo abri as janelas
No teu mal-me-quer-bem-me-quer
Me sinto assistindo da cela

De pés e mãos amarrados
De olhos castanhos vendados
Num canto qualquer congelado
Espero qualquer teu recado

Desviando de carros
Desviando do atraso
Pelas mesmas ruas
Portanto o acaso

Continuo pelas mesmas ruas
Portando acaso


(violão e segunda-voz: Pires)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Meia-volta



Pois é
Não é que amor tava ali?
Pois é
Passou eu nem percebi
Foi quando me vi
Olhando pro teto
Tentando dormir

Pois é
Fica agora um pouco de raiva
Pois é
Fica um pouco mais
Finge estar tudo bem
Eu posso fingir também
Só não sai por aquela porta
Meia-volta

Não é que você tava certa?
Pois é
Tudo se manifesta
Quando você voltar
Caso a gente volte
Caso você volte pra casa

Grito
Vocifero
Argumento
Faço o último lamento

Grito
Vocifero
Argumento
Dou as boas vindas
Ao novo tormento
A falta que você me faz
Eu não aguento
Não mais
O vazio que a falta que você me faz me traz

Pois é


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vem...



Vem
Feito vendaval
Vem pra dar aval
Avança a valsa
Venda os olhos
E vem

Ventania
Vem correndo
Ver de perto
O que era verde
Deserto

Desertou
Desafinou
O que era quase concreto
Pra mim

É... mesmo assim
Mesmo assim eu continuo de pé
O mar dá pé
Ainda

Vende o que
Não quiser
Vem vencer
Ao lado meu
Vem ser
Feliz
Não diz
Que o vento te levou

Não disse
Adeus/a Deus
Pedi
Pra te
Trazer
Pra mim
De vez
Eu sei
Que não vai ser agora
A gente se perdeu lá fora
Espero te encontrar


(Chiado e as Paredes)


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Desatino



Eu só queria te odiar
Eu só queria te entender
Eu queria aprender a ler
As tuas entrelinhas

Eu só queria perguntar
O que você não vai dizer
Eu queria saber
Eu só queria saber

Com quem você tem andado
O que é que anda fazendo
Se te odiasse de fato
Acabaria esquecendo

Eu só queria te odiar
Eu só queria te entender
Eu queria aprender a ler
As tuas entrelinhas

Mas não há
Alfabetização
Sentimental
E é tão normal

Dizer que não te amo
Quando amo até demais
Dizer tudo aquilo hoje em dia tanto faz
Mas não - Não acredite mim

Com quem você tem andado
O que é que anda fazendo
Se te odiasse de fato
Acabaria esquecendo
Me diz
Com quem tem andado?
O que é que anda fazendo?
Se te odiasse de fato
Acabaria esquecendo

Tudo que eu queria
Era não te ver partir
Mas se for melhor pra ti
Melhor partir

Fração



Um pedaço do teu amor já serve
O cantinho do cobertor
Que sobra e cai do lado
Da tua cama

Um pedaço do teu amor já serve
Um palhaço ao seu dispor
Me leve contigo
Eu quero abrigo

Quando chega a noite noto o frio que faz
O apartamento não me cabe mais
Meu espelho hoje não me reconhece
Todos lá de casa me dizem: "esquece"
Todos meus sentidos pedem mais

Um pedaço do teu amor já serve
Um palhaço ao seu dispor
Me leve contigo
Eu quero abrigo

Quando chega a noite noto o frio que faz
O apartamento não me cabe mais
Meu espelho hoje não me reconhece
Todos lá de casa me dizem: "esquece"
Todos meus sentidos pedem mais

Me disseram que a gente bebe pra esquecer
Estranho beber e lembrar de você
Me disseram que o tempo vai cicatrizar
Eu já não sei se quero curar


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Branco



Vai
Mas quero de volta
Vai...mas quero de volta

Quem sou eu
Pra dizer que deveria ficar
Convencer que, por amar, vou deixar
Quem sou eu pra conseguir te soltar...
...de livre e espontanea vontade
Já é tarde
Não te quero guardar
No meu bolso
Na gaveta
Na maleta
Na sala de estar
Na estante
Nem por um instante
Deixo a porta e janelas abertas
Deixo frestas
Pro ar circular

Vai
Mas quero de volta
Vai...mas quero de volta
Quem sou eu


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nêga



Nêga,
Nega que gosta de mim!
Venta...
Vem tapar esse fim.
Sopra!
Só pra ficar bem assim:
Meio bom e meio ruim...
Nêga,
Renega o amor que doou!
Cala!
Calamidade ficou.
Sente...
Sem te falar o que sou.
Sem tirar, negar e supor.

Nêga...